quinta-feira, 31 de março de 2011

Comer Rezar Amar


Com esse título, esse post poderia falar sobre mim! Uma pessoa que se resume a isso: comer, rezar, amar. O resto das coisas que faço são, ou conseqüências desses três atos, ou mero preenchimento de horas vagas. Mas vou falar do filme, que leva o mesmo título!

Tudo começa quando Liz e seu marido decidem que ela sossegaria, teria filhos e se dedicaria mais ao lar. Sem ter certeza de que é isso que realmente quer naquele momento, ela se desespera ao ouvir o marido dizer que vai voltar pra faculdade, e como atitude desesperada ela começa a rezar, costume que nunca tinha tido até então. Resolve sair do casamento e já engata em outro relacionamento, com um ator “zen” que desperta nela um lado religioso. Percebendo que com ele teria um casamento com rumo similar ao primeiro, decide fazer uma viagem pela Itália, Índia e Indonésia. Os três destinos escolhidos começam com a letra I, tradução do inglês para EU, que revela sua busca pessoal, e é nessa viagem que percebemos a complexidade do universo feminino.

Sua estada na Itália foi recheada dos prazeres da gula! Bate aquela fome ao assistir o filme! Além do prazer encontrado no comer sem culpa, no comer sem se preocupar em engordar, no comer até se fartar, ela ainda descobre o prazer de não fazer nada, pregado pelos italianos. Na Índia, ela se dirige ao templo da guru do último namorado. Confronta ali a dor da qual pensava já estar curada para, finalmente, perdoar-se. Conta, para isso, com a ajuda de dois amigos: Tulsi, uma jovem indiana que sonha seguir carreira como psicóloga, mas acaba num casamento arranjado, e Richard, um texano que a leva a conhecer seus próprios limites. Finalmente, em Bali, Liz reencontra um xamã que conhecera outrora. Conhece ainda três figuras que se tornarão importantes na sua história: uma doutora da floresta, sua filha, e Felipe, um brasileiro interpretado pelo charmoso espanhol Javier Bardem.

História, trilha, fotografia, atuações, tudo em harmonia para um filme nota 10. Para quem gosta de viajar, um despertar da vontade de embarcar no próximo avião. Para quem gosta de comer, uma coceirinha na mão pra dar pause e preparar um lanchinho. Para as mulheres, uma reflexão, e para os homens, um passeio para o complexo universo feminino, seja o de uma menina de 04 anos, seja o de uma idosa de muitos anos!

P.S.: Feliz aniversário Aninha! Companhia perfeita, seja pra comer, seja pra rezar! Quanto ao amor, dedico o meu todo a você hoje!

terça-feira, 22 de março de 2011

Sheila morreu mas continua vivendo em Nova York


Que vergonha! Não por andar por aí com um livro que muitas pessoas literalmente julgaram pela capa! Cansei de ver pessoas me olhando com um olhar duvidoso, pensando, imagino eu, o que muitas outras pessoas falaram: Romance pornô, Natália?

Não, não é um romance pornô! E não, minha vergonha definitivamente não se atém a esse detalhe. Sinto vergonha de, sendo uma fã incondicional de leitura, jamais ter falado de um livro sequer num blog que já escrevo há oito meses! Vergonha de ter ganhado esse livro no carnaval de 2010 e ter terminado na quaresma de 2011! E como não começo a ler outro livro sem terminar o do momento, vergonha de contar com uma lista de 1 livro lido em 2010. UM!

Porém, disposta a mudar esse quadro, venho vos falar do único livro que li em 2010: Sheila morreu mas continua vivendo em Nova York. Sheila Levine é uma jovem de 30 anos que tinha por objetivo de vida se casar. Não sendo necessariamente um conceito de beleza (semi-gorda, judia, cabelos crespos e nariz protuberante), não exigia muito de suas experiências amorosas, tanto é que perdeu a virgindade num encontro literalmente às escuras, namorou por anos um rapaz extremamente chato e nada bonito, que recusou seu pedido de casamento (sim, ela fez a proposta!), viajou pra Europa na esperança de lá encontrar e se apaixonar por um François francês, e não tendo nenhum sucesso nas suas inúmeras tentativas, começa a planejar sua morte (compra caixão, lápide, encomenda um rabino que tenha coragem de dizer no seu discurso o verdadeiro motivo de sua morte e até compra pílulas no mercado negro com o auxílio de seu último affair – que por conseguir pílulas pra parceira suicidar, deduz-se não ser nada normal!).

Seu último ato então consiste em escrever seu bilhete suicida: o livro, narrado, portanto, na primeira pessoa. Ao mostrar as revelações íntimas, obscuras e divertidamente constrangedoras de Sheila aos pais, Gail Parent nos faz mergulhar nesse universo da protagonista que, já na década de 60, vivia o dilema encontrado por qualquer moça dos tempos modernos: existir num mundo onde a liberação sexual contrasta com a pressão de se casar. Ela ainda teve a sorte de viver numa Nova York cuja estatística era de 103 garotas para cada 100 garotos (com a certeza de ser uma das 3 que sobravam). Imagine nós, brasileiras, convivendo com números que chegam a 300 garotas para cada 100 garotos?

Uma leitura agradável e divertida pras 200 garotas remanescentes!

sábado, 19 de março de 2011

Último dia de verão



Está indo embora a minha estação preferida: o verão! Há quem prefira o outono e o inverno, que chegam com roupas mais elegantes e chiques, chocolates quentes e tardes de filme debaixo do edredom. Ou ainda há aqueles românticos que preferem a primavera, e cá pra nós, Belo Horizonte fica linda cheia de ipês coloridos! Mas pra mim não há nada como o verão! Minhas melhores memórias vêm de fatos ocorridos no verão: Praias, saias, churrascos, sandálias, amigos reunidos em volta da piscina, blusas de alça, clubes, cabelos presos, janelas abertas, cachoeiras, comidinhas leves, frutas e saladas. Apesar de as roupas, quando presentes, serem menos sofisticadas que as do inverno (realmente, tenho que concordar), no verão as pessoas estão muito mais abertas e extrovertidas! Sem falar que conhecemos aqueles amores inesquecíveis que sempre aparecem. Tudo bem que os de carnaval não duram até o natal e os de praia não sobem serra. Mas proporcionam bons momentos! A Skol até já fez, certa vez, propaganda bastante criativa sobre a estação: Ah, o verão! Mais uma vez vai deixar saudade...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Custe o que custar



Hoje ta de volta o famoso CQC! Penso ser uma perda de tempo explicar o que é o tal do CQC, ou Custe o Que Custar, mas melhor pecar pelo excesso que pela falta: CQC é um programa de humor exibido todas as segundas-feiras na BAND, apresentado por Marcelo Tas (o saudoso professor Tibúrcio, que acreditem ou não, estará de volta!) na companhia de Marco Luque e Rafinha Bastos. O programa conta ainda com o auxílio dos repórteres/comediantes Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Mônica Iozzi, Oscar Filho e Rafael Cortez.

O objetivo do programa é fazer um resumo semanal dos acontecimentos nos mundos do esporte, da política e do entretenimento, usando como foco para atingir esse objetivo pessoas públicas, tais como artistas, políticos e jogadores de futebol. Fazem com eles piadas ferrenhas (porém criativas e verdadeiras), nem sempre bem-recebidas. A forma como tais acontecimentos nos é mostrada obriga-nos a refazer uma leitura crítica da ocasião.

A maioria das pessoas com quem converso (ó, iniciais de CQC), e que assistem ao programa, começaram a assisti-lo como uma alternativa. Alternativa para as demais programações exibidas no horário, alternativa para os programas de humor (tais como Pânico, Zorra Total e Casseta e Planeta), ou ainda alternativa para a forma de receber notícias que, ainda que drásticas, recebem aquela pitada de humor. Alternativa que, no final das contas, acaba virando a primeira escolha.

Quanto a mim, fui conquistada não pela alternativa. No meio de uma aula no ano das eleições para prefeito de Belo Horizonte (2008), surgiu como assunto as perguntas feitas pelo programa aos candidatos, dentre elas a receita do pão de queijo. Precisava ver aquilo. Vi, revi, e viciei!

Dentre os quadros mais famosos estão o Controle de Qualidade, o CQTeste e o Proteste já. Mas nada comparado ao Top Five - da Televisão Brasileira -, que deu origem, inclusive, a uma categoria deste blog! Apresentando cinco momentos hilários, ímpares e inesperados ocorridos em programas televisivos na semana, têm sido um dos últimos quadros a ser apresentado, o mais esperado, e o único a ser mantido em 2011, como dizem por aí (eu acho difícil. Só esperando pra ver!). Dizem ainda que as novidades não param por aí! A principal delas é a ampliação do tempo de exibição do programa na internet assim que acaba a apresentação na TV. Antes tínhamos mais 30 minutos de interação virtual. Agora será 1 hora! Mais novidades e a confirmação dessas, só lá pelas dez e pouquinhas da noite! Vocês vão ficar de fora?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Julgamentos




Homens e mulheres têm preferências diferentes, adultos e crianças têm necessidades diferentes, eu e você temos gostos diferentes. E assim acontece com todos os seres humanos, com suas preferências, necessidades e gostos. Quais estão, portanto, certos ou errados?

Porém, mesmo conscientes dessas divergências, desde pequenos somos acostumados a julgar as outras pessoas com tais conceitos: você está certo. Fazer isso, dessa forma que você está fazendo, está errado. Esquecemos que a nossa visão é reduzida às nossas próprias percepções, preferências e experiências. Julgamos o outro, baseados em nosso código de valores, nossas percepções e naquilo que nossa imaginação cria a respeito de cada pessoa com a qual convivemos, sem fazer qualquer tipo de investigação prévia, sem conhecer seu passado e sem saber o que a levou a tomar determinada atitude.

Apenas nos baseamos no sistema judiciário, que se fundamenta em leis pré-concebidas com o objetivo de garantir a convivência civilizada entre os seres humanos, e colocamo-nos na figura de juízes implacáveis julgando a torto e a direito aqueles que não se enquadram em nossos hábitos e não foram codificados conforme nossos costumes.

E repare no que estou fazendo aqui: julgando todos aqueles que fazem julgamentos!

Devemos, na verdade, olhar os outros como diferentes, e não como iguais, pois cada ser humano tem e é um universo particular. Devemos aceitar mais, compreender melhor e respeitar indistintamente o outro como ele é. Julgar menos e ser mais feliz. Taí uma boa proposta pra essa quaresma!

terça-feira, 1 de março de 2011

TOP FIVE (Brinquedos)



Continuando com os TOP FIVES de temas que fogem dos filmes, séries e afins, hoje vim falar dos brinquedos de que eu mais gostava na infância!

BARBIE – Não poderia começar de outro jeito! Minha coleção ultrapassa o número de 50, tirando Kelly’s, Stace’s, Skipper’s e Ken’s (as irmãs e o namorado, que ficou famoso depois do Toy Story 3). De todos os meus brinquedos, a única coisa que não consegui doar foi minha coleção de barbies. Além das bonecas eu tinha os móveis, clube, roupas, ferrari e trailler que transformaram minhas tardes em intermináveis histórias e brincadeiras. Segredo: brinquei até os 14 anos (com a desculpa de não deixar minhas primas brincarem sozinhas!)

BANKUKA – Outro brinquedo de menina! Bankuka se trata de uma coleção de uns móveizinhos nas cores rosa, azul e amarelo! Tinha mesinha, fogãozinho, maquininha de lavar, maquininha de secar, geladeirinha, tabuazinha de passar... Adorava cozinhar confetes! Separava por cores e colocava nas panelinhas, marrom era feijão, verde espinafre, etc... Pensando bem um brinquedinho bem anti-feminista, mas fazia muito sucesso!

ATARI – Meu primeiro vídeo game! Super complexo! Contava com um controle de DOIS botões. Que na maioria dos jogos (uns dez) serviam pra mesma coisa! Dos joguinhos do Atari o que eu mais gostava era de um soldadinho que perseguia um ladrãozinho pelo shopping, subindo e descendo escadas rolantes, elevadores, e se desviando de carrinhos de compras. E claro, do glorioso pacman! Mas meus primos mais velhos iam lá pra casa instalar o vídeo game pra mim e acabavam passando a tarde toda jogando o da nave espacial!

LANGO LANGO – O lango lango era uma espécie de fantoche com o mecanismo interno que o fazia dar socos, criado para dar socos em outros lango lango’s! Sim, havia uma coleção com várias cores e modelos! Mas não conheci nenhuma criança que tinha mais de um para atingir o objetivo original da brincadeira. Logo, usávamos para dar soco uns nos outros!

LEGO – Queria colocar uns jogos de tabuleiro, tipo war e jogo da vida, mas aí deixaria o lego de fora. Ainda existe? É básico! O lego se baseia em pequenas partes de encaixe que permitem inúmeras combinações: aviões, carros, casas e até cidades (ok, não exageremos! No máximo uns bairros). Todo mundo que tinha se juntava pra fazer coisas ainda maiores e elaboradas! No carrefour tinha até um espaço pra ficarmos montando enquanto os pais faziam as compras!

Hoje em dia tudo se trata de tecnologia né? Barbie e lego são facilmente substituídos por the sims. O vídeo game nem se fala! A presença do controle remoto nem sequer é necessária! Existem sensores que captam seus movimentos, reproduzindo-os na tela... Por isso se despede aqui uma Natália nostálgica, mas com a certeza que teve a oportunidade de uma infância muito mais feliz!

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