sábado, 26 de novembro de 2011

Filha única


"Você tem sorte de não ter irmãos..." Taí uma das frases que mais ouvi na infância, e que até hoje, vira e mexe, a escuto por aí! Irmãos são chatos, provocam, irritam, estragam nossos brinquedos, mexem em nossas coisas sem pedir permissão, nos deduram para os pais... Sorte tem você! Tudo que seus pais tem, vão pra você... Não tem que dividir presentes, não tem que dividir o quarto, não tem que dividir carinho...

E nessa visão limitada, não demora muito para nosso estereótipo ser criado. Somos "sortudos", mas um tanto quanto mal falados! Filho único é frágil, caprichoso, mimado, tímido, egoísta, superprotegido, tirânico até... Mas vou te contar, o maior problema do filho único é a solidão.

Claro que ao longo do caminho vamos agregando irmãos: cativamos os primos, adotamos os amigos, e eu ainda tenho o privilégio de ter dois meio-irmãos que enchem a boca pra me chamar de irmã. E que ao fazê-lo, me enchem de orgulho. E é claro que aprendemos a nos virar sozinhos na maior parte do tempo. A brincar sozinhos. Inventar sozinhos. Estudar sozinhos. Conversar sozinhos. Imaginar sozinhos. Mas nada disso preenche o vazio das horas que, chorando no travesseiro, desejo como nunca estar no colo de um irmão. Ou quando, levando uma bronca da minha mãe, não vejo ninguém do meu lado pra me acobertar. Quando vejo todas as expectativas voltadas para mim. Quando dou muita risada de algo extremamente bobo, de algo que só um irmão saberia rir igual. Quando sinto que o peso de cometer um erro pesa mais nas minhas costas do que nas costas das pessoas que tem com quem dividir isso.

Não, não tenho sorte de não ter irmão... Tenho sorte de saber me virar com o que a vida oferece, de ter minha mãe tão perto e tão exclusiva, de dar valor às pessoas de forma inexplicável e ter um retorno imenso disso. Tenho sorte de saber me virar sozinha na maior parte do tempo. De não me incomodar em ter que me virar sozinha na maior parte do tempo. Mas extremamente azarada de saber que ter um irmão pra se virar com você tornaria tudo mais simples...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TOP FIVE (Dakota Fanning)


Sou fã dessa menina desde quando ela era bem novinha. E ao assistir um filme de quando ela ainda tinha lá seus 8 anos e um filme recente, percebemos o quão rápido o tempo passa, e o quanto algumas coisas não mudam. O talento dela é prova viva disso! Dakota Fanning é excelente atriz desde criança, e ta aí pra mostrar que isso nunca vai mudar!

UMA LIÇÃO DE AMOR - Em seu primeiro filme, aos 8 anos, Dakota interpreta Lucy, filha de um pai solteiro que possui uma deficiância mental. Extremamente ligados um ao outro, pai e filha estabelecem uma relação sadia e repleta de amor até que uma assistente social o julga incapaz de cuidar de uma criança, já que ela completara 7 anos, o que corresponde à idade mental do pai. Disposto a tudo para recuperar a guarda de Lucy, ele consegue o auxílio de uma bem-sucedida advogada, em cenas que comovem todos os espectadores.

GRANDE MENINA, PEQUENA MULHER - De um lado Molly Gunn e de outro Lorraine Schleine (Ray). Molly é uma jovem que, ao perder os pais em um acidente de avião quando ainda criança, se viu milionária e sem ninguém para lhe impor limites. Desse modo, cresce sem assumir responsabilidade alguma, vivendo seu próprio conto de fadas moderno. Ao levar um golpe do contador e perder toda sua fortuna, se vê obrigada a trabalhar como babá. Assim conhece Ray, uma criança que, tendo um pai em coma e uma mãe 100% dedicada ao trabalho, se tornou extremamente responsável, cismada, hipocondríaca e irritantemente adulta. O encontro desses dois mundos exagerados rendem risos e lágrimas, no filme mais "gracinha" que já assisti!

CHAMAS DA VINGANÇA - Um ex-agente da CIA, torturado pelas lembranças de seus atos passados, torna-se alcoólatra e decide sair dos Estados Unidos. Ao visitar um antigo colega no México, ele recebe uma proposta para se tornar guarda-costas da pequena Pita (Dakota Fanning), filha de um poderoso empresário mexicano. Creasy, inicialmente relutante em aceitar o trabalho, acaba se apegando à garotinha e quando a pequena é sequestrada, o sujeito resolve se vingar de todos os responsáveis, diretos e indiretos, pelo que ocorreu. Diferente de Grande menina, pequena mulher, Dakota Fanning brilhantemente se mostra uma criança precoce, porém inteiramente inocente, tirando de si todo o exagero adulto exigido na comédia anterior. 

A VIDA SECRETA DAS ABELHAS - Um amadurecimento notável de duas pessoas: Dakota Fanning, que claramente deixa pra trás qualquer ar de criança, e Lily, a personagem interpretada por Dakota que, após ter matado acidentalmente a mãe, cresce com essa culpa e única lembrança da mãe. Mora com um pai rancoroso e agressivo e com a  e a empregada negra Rosaleen. Depois de vivenciarem um ato de violência na busca pelos direitos civis da empregada, as duas, guiadas por uma foto da mãe de Lily, fogem para o apiário de August Boatright e suas irmãs, June e May, o que muda suas vidas para sempre.

THE RUNAWAYS - O filme traz a história da banda The Runaways, grupo que alcançou imenso reconhecimento como a primeira banda de sucesso de rock formada apenas por mulheres, na década de 70. Recheado de sexo, drogas e rock n' roll, é o filme que traz à cabeça a frase: É Dakota, você cresceu...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Novas séries

Como me encontro num estágio MEGA orgulhosa de mim mesma por estar tão em dia com todas as séries que acompanho, me dei ao luxo de começar a assistir duas novas séries.


A primeira se chama Once upon a time, a série mais gracinha e mais indicada para todas as idades! Tudo começa com a cena final de A branca de Neve, quando o príncipe encantado dá o famoso beijo que a desperta do sono provocado por uma maçã envenenada. Porém, no casamento, a bruxa ameaça a todos com uma maldição: lançar um feitiço na cidade fazendo com que todos os habitantes, seres dos mais diversos contos de fadas, esqueçam que são seres de contos de fadas, e vivam assim para sempre sob os comandos dela num mundo em que o tempo simplesmente não passa, e o feliz para sempre não existe. É quando a Branca de Neve procura por Rumpelstiskin, um adivinhador do futuro, para que ele preveja uma solução. Ele dá a ela a esperança de que a criança que ela espera, Emma, voltará à cidade quando tiver 28 anos para salvá-los. 28 anos depois, Emma, que não faz ideia de que um dia fez parte desse mundo encantado, reencontra o filho que havia dado à adoção 10 anos antes, e ele a leva de volta à cidade. Mas lá, nada mais é o mesmo. Ninguém mais sabe ser Gepeto, Príncipe ou Grilo falante. Num misto de cenas atuais com cenas dos acontecimentos passados, Once upon a time se revela um conto de fadas contemporâneo encantador!


A segunda também se trata de um clássico trazido para os tempos modernos: Sherlock! É uma série super pequena, de apenas 4 episódios em sua primeira temporada, que reproduz a técnica da dedução utilizada por Sherlock Holmes nos dias atuais. Assisti mais por ser uma grande fã de Sir Arthur Conan Doyle que qualquer outra coisa, mas confesso que o fato de a série ter apenas 4 episódios me animou ainda mais! Enfim, vamos ao que interessa: até o momento só assisti o episódio piloto, que se mostrou bem fiel ao estilo dos livros. Intitulado ironicamente "Um estudo em rosa", fazendo uma analogia ao primeiro romance "Um estudo em vermelho", o episódio, tal qual como o livro, trata de mostrar como Sherlock conheceu Dr. Watson e desenvolver o primeiro caso da dupla (não tão elaborado quanto o original, já que só tinha o espaço de uma hora para apresentá-lo e resolvê-lo). Além disso, o episódio consegue nos cativar ao inventar os personagens principais como seres desse século: Sherlock, como não poderia ser diferente, um hiperativo interessado nas mais avançadas tecnologias para aplicar seus métodos dedutivos, e Watson, um médico que serviu no atual Afeganistão, afastado por ter sido baleado na perna e fiel como nunca. Um excelente passatempo para os fãs!
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