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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Novas séries

Como me encontro num estágio MEGA orgulhosa de mim mesma por estar tão em dia com todas as séries que acompanho, me dei ao luxo de começar a assistir duas novas séries.


A primeira se chama Once upon a time, a série mais gracinha e mais indicada para todas as idades! Tudo começa com a cena final de A branca de Neve, quando o príncipe encantado dá o famoso beijo que a desperta do sono provocado por uma maçã envenenada. Porém, no casamento, a bruxa ameaça a todos com uma maldição: lançar um feitiço na cidade fazendo com que todos os habitantes, seres dos mais diversos contos de fadas, esqueçam que são seres de contos de fadas, e vivam assim para sempre sob os comandos dela num mundo em que o tempo simplesmente não passa, e o feliz para sempre não existe. É quando a Branca de Neve procura por Rumpelstiskin, um adivinhador do futuro, para que ele preveja uma solução. Ele dá a ela a esperança de que a criança que ela espera, Emma, voltará à cidade quando tiver 28 anos para salvá-los. 28 anos depois, Emma, que não faz ideia de que um dia fez parte desse mundo encantado, reencontra o filho que havia dado à adoção 10 anos antes, e ele a leva de volta à cidade. Mas lá, nada mais é o mesmo. Ninguém mais sabe ser Gepeto, Príncipe ou Grilo falante. Num misto de cenas atuais com cenas dos acontecimentos passados, Once upon a time se revela um conto de fadas contemporâneo encantador!


A segunda também se trata de um clássico trazido para os tempos modernos: Sherlock! É uma série super pequena, de apenas 4 episódios em sua primeira temporada, que reproduz a técnica da dedução utilizada por Sherlock Holmes nos dias atuais. Assisti mais por ser uma grande fã de Sir Arthur Conan Doyle que qualquer outra coisa, mas confesso que o fato de a série ter apenas 4 episódios me animou ainda mais! Enfim, vamos ao que interessa: até o momento só assisti o episódio piloto, que se mostrou bem fiel ao estilo dos livros. Intitulado ironicamente "Um estudo em rosa", fazendo uma analogia ao primeiro romance "Um estudo em vermelho", o episódio, tal qual como o livro, trata de mostrar como Sherlock conheceu Dr. Watson e desenvolver o primeiro caso da dupla (não tão elaborado quanto o original, já que só tinha o espaço de uma hora para apresentá-lo e resolvê-lo). Além disso, o episódio consegue nos cativar ao inventar os personagens principais como seres desse século: Sherlock, como não poderia ser diferente, um hiperativo interessado nas mais avançadas tecnologias para aplicar seus métodos dedutivos, e Watson, um médico que serviu no atual Afeganistão, afastado por ter sido baleado na perna e fiel como nunca. Um excelente passatempo para os fãs!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Feliz por nada


Sei que estou em falta com o blog, mas encontrei um novo vício que simplesmente não consigo largar! Nem a chegada do box da sétima temporada de Grey's anatomy desviou minha atenção. Me refiro ao livro da Martha Medeiros, "Feliz por nada". Já tinha lido várias frases da autora na internet, e a cada frase lida aumentava minha curiosidade de conhecer melhor o trabalho dela. Quando, finalmente, em uma das minhas inúmeras visitas à livraria, dei de cara com esse tal de "Feliz por nada". Comprei e desde então não larguei! São mais de 80 crônicas reunidas falando dos mais diversos assuntos, como família, amor e amizade. Diz minha mãe que parece que sou eu escrevendo (baita elogio, mas de mãe não vale, né?). Sei que são muitos textos, mas é uma leitura tão gostosa e rápida, que logo logo volto a dar as caras por aqui! Prometo! Enquanto isso deixo pra vocês a crônica que dá título ao livro:
 

"Geralmente, quando uma pessoa exclama "Estou tão feliz!", é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque ainda é abril e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque se achou bonita. Feliz porque existe uma perspectiva de uma viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há melhor lugar no mundo do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. "Faça isso, faça aquilo". A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. Felicidade é ter talento para aturar, é divertir-se com o imprevisto, transformar as zebras em piadas, assombrar-se positivamente consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.

Feliz por nada talvez seja isso."

sábado, 16 de julho de 2011

It all ends


“Tudo termina” é o que estava escrito nos pôsteres anunciando o último filme da saga Harry Potter. “Tudo termina” é a frase que vários fãs tiveram que engolir com lágrimas nos olhos e aperto no coração. Apesar de já sabermos previamente o final de toda história (que começou com um pré-adolescente esquisitinho e rejeitado descobrindo um mundo de magia em que ele não era somente aceito, como também famoso), a estréia da segunda parte de Harry Potter e as relíquias da morte representou o verdadeiro fim.

Tudo termina. Acabou!

E acabou com estilo! O filme começa exatamente com a mesma imagem que fechou a primeira parte, já mostrando todo ar sombrio que está por vir. Hogwarts, o lugar que outrora fora o mais seguro do mundo (inclusive mais seguro que Gringotes), se encontra dominada pelo novo diretor Severo Snape, e o mundo bruxo, anteriormente um lugar de encantamento e alegria, agora é palco de medo e escuridão dominado pelo Lord das Trevas, Voldemort. Lutas e temor tomam conta da tela a todo o momento, e ver aqueles personagens queridos defendendo bravamente seus ideais é de emocionar! E ver Hogwarts desmoronar é de um pesar inimaginável. E mesmo em meio a todas essas catástrofes, o diretor encontra espaço para introduzir um pouco de humor e romance, despertando as mais diferentes emoções em nós, espectadores, uma atrás da outra. No desfecho ainda são introduzidas imagens dos personagens desde o início, o que faz com que percebamos como eles cresceram e deixaram as brincadeiras darem lugar a valentia e coragem, fazendo o peito apertar só de imaginar a saudade que vão deixar. Pelo menos ver a plataforma 9 ¾ pela última vez apertou o meu...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

No divã do Gikovate

Cumprindo a promessa de ler mais que um livro esse ano, aqui está o segundo. Mais ou menos segundo, já que o primeiro tinha começado a ler ano passado! Quem me vê com esse livro do Flávio Gikovate na mão não pestaneja pra pedir emprestado. Nem perguntam se é bom. Já está subentendido!

O Gikovate é um médico psiquiatra e psicoterapeuta que contribuiu e contribui para vários jornais e revistas com artigos sobre a vida social, afetiva e sexual, como a Folha de São Paulo e a revista Cláudia. Agora tem um programa na rádio CBN que leva o mesmo nome do livro.

“No divã do Gikovate” é muito diferente do que eu pensei que seria, e dos livros que estou acostumada a ler. Pra começo de conversa, tem o formato de perguntas e respostas. São centenas de perguntas sobre os mais variados assuntos, organizados em temas: ciúme, inveja, sexo, paixão e amor, traição, afetos, doenças da mente, desencontros nas relações e contatos intrincados. E as respostas nem sempre são delicadas. Não, o Flávio não é grosso! Ele é direto e não responde aquilo que queremos ouvir. Dá respostas de acordo com a realidade, tal qual como é – dura! E por fazer uma seleção de perguntas que, geralmente, fazem parte do cotidiano de qualquer ser humano, não raras vezes nos identificamos com várias. E somos obrigados a encarar essa dura realidade ali, na frente de um livro, como se estivéssemos realmente no seu divã!

terça-feira, 22 de março de 2011

Sheila morreu mas continua vivendo em Nova York


Que vergonha! Não por andar por aí com um livro que muitas pessoas literalmente julgaram pela capa! Cansei de ver pessoas me olhando com um olhar duvidoso, pensando, imagino eu, o que muitas outras pessoas falaram: Romance pornô, Natália?

Não, não é um romance pornô! E não, minha vergonha definitivamente não se atém a esse detalhe. Sinto vergonha de, sendo uma fã incondicional de leitura, jamais ter falado de um livro sequer num blog que já escrevo há oito meses! Vergonha de ter ganhado esse livro no carnaval de 2010 e ter terminado na quaresma de 2011! E como não começo a ler outro livro sem terminar o do momento, vergonha de contar com uma lista de 1 livro lido em 2010. UM!

Porém, disposta a mudar esse quadro, venho vos falar do único livro que li em 2010: Sheila morreu mas continua vivendo em Nova York. Sheila Levine é uma jovem de 30 anos que tinha por objetivo de vida se casar. Não sendo necessariamente um conceito de beleza (semi-gorda, judia, cabelos crespos e nariz protuberante), não exigia muito de suas experiências amorosas, tanto é que perdeu a virgindade num encontro literalmente às escuras, namorou por anos um rapaz extremamente chato e nada bonito, que recusou seu pedido de casamento (sim, ela fez a proposta!), viajou pra Europa na esperança de lá encontrar e se apaixonar por um François francês, e não tendo nenhum sucesso nas suas inúmeras tentativas, começa a planejar sua morte (compra caixão, lápide, encomenda um rabino que tenha coragem de dizer no seu discurso o verdadeiro motivo de sua morte e até compra pílulas no mercado negro com o auxílio de seu último affair – que por conseguir pílulas pra parceira suicidar, deduz-se não ser nada normal!).

Seu último ato então consiste em escrever seu bilhete suicida: o livro, narrado, portanto, na primeira pessoa. Ao mostrar as revelações íntimas, obscuras e divertidamente constrangedoras de Sheila aos pais, Gail Parent nos faz mergulhar nesse universo da protagonista que, já na década de 60, vivia o dilema encontrado por qualquer moça dos tempos modernos: existir num mundo onde a liberação sexual contrasta com a pressão de se casar. Ela ainda teve a sorte de viver numa Nova York cuja estatística era de 103 garotas para cada 100 garotos (com a certeza de ser uma das 3 que sobravam). Imagine nós, brasileiras, convivendo com números que chegam a 300 garotas para cada 100 garotos?

Uma leitura agradável e divertida pras 200 garotas remanescentes!
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