quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os indicados ao Oscar


E então que quando saiu a lista dos indicados ao Oscar eu cismei de ver todos os filmes da categoria que indica os melhores e vim dar uma de crítica hahaha Meus singelos comentários estão longe disso, vim só deixar minha (humilde) visão pra vocês!


127 Horas – Resumo esse filme em uma palavra: Agonia. Agonia que começa com 15 minutos de filme e só termina no último minuto. Agonia que só senti igual no filme Abismo do medo. Prazer: uma claustrofóbica vos fala! E só a ideia de ficar presa me causa aflição. As únicas excursões que não fiz com o colégio foram aquelas que envolviam grutas e cavernas. Mas não estou aqui pra falar de mim, e sim do filme! Baseado numa história real retirada de um livro escrito pelo próprio protagonista, 127 horas é um filme que mostra o acidente sofrido por Aron Ralston em 2003 numa escalada (?) que o deixou preso pelo braço numa pedra por 5 dias (as tal 127 horas), até conseguir escapar em busca de ajuda. Além das imagens do desespero sofrido pelo alpinista (que tem um ótimo senso de humor), o filme ainda traz suas memórias, lembranças e delírios, nos passando lições como: não estamos no controle de tudo, as coisas que nos acontecem são conseqüências dos nossos próprios atos e aquela clichêzinha de como não devemos desistir!


A Origem – Um dos melhores filmes de ficção científica que já vi, se não for o melhor. Uma equipe de espiões, ao invés de roubar cofres e bancos, rouba informações da mente de pessoas ao entrar em seus sonhos. Surge então uma proposta para que seja feito o contrário: ao invés de roubar uma ideia da cabeça da pessoa, que seja implantada uma. Para isso eles elaboram um complexo labirinto de sonhos dentro de sonhos, exigindo ao máximo nossa atenção, criando uma angústia para ver aquela trama resolvida e proporcionando um final conveniente para cada espectador, de acordo com seu próprio sonho!


A Rede Social – Qual foi a maior proeza que você já fez quando estava bêbado e com raiva por conta de um coração recém-partido? Foi assim que se deu o início da maior rede social do mundo – o facebook. Num primeiro momento, Mark apenas desabafa em seu blog. Não contente com isso, cria um programa que consiste em comparar as garotas da faculdade, o que acarreta para sua já nada boa reputação de nerd uma rejeição ainda maior. Porém, Mark consegue chamar a atenção dos ricos e famosos gêmeos Winklevoos, que o convidam para participar da criação de uma rede social exclusiva de Harvard. As ideias de Mark, no entanto, vão além, e com a ajuda financeira de seu único amigo cria o facebook. Uma série de processos se iniciam contra ele, e o final dessa trama todos nós já sabemos! 500.000.000 de usuários de uma empresa cujo valor ultrapassa US$25.000.000.000,00! Facebook me?


Bravura Indômita – Confesso ter deixado esse filme pra assistir por último por simples e puro preconceito. Faroeste. E não me pareceu diferente de outros faroestes já vistos, a não ser pelo fato de uma menina de 14 anos sair em busca do assassino de seu pai para vingar sua morte. Sua maturidade e esperteza chamam atenção mais que qualquer outra coisa, revelando ser ela a possuidora da verdadeira bravura indômita, com determinação suficiente para levar essa vingança até o final! Para quem gosta do estilo, um bom filme.


Cisne Negro – Comecei achando que se tratava de uma doença. Depois de uma mãe super protetora. Passei a achar que era bipolaridade, que não demorou muito pra transformar em múltipla personalidade, e quando por fim cheguei à conclusão que se tratava da história do Lago dos Cisnes dentro do Lago dos Cisnes pasmei. O filme terminou e eu fiquei sem reação! Saí pra dar uma volta e por as idéias no lugar. Desde o primeiro momento mergulhamos no inconsciente de Nina, bailarina super dedicada, porém insegura, infantil e frágil. Ao ser escolhida para ser a rainha dos cisnes, papel principal do balé “Lago dos cisnes”, começa a ser cobrada para libertar seu cisne negro e interpretar o papel de Odile com perfeição, sendo que perfeição tem conceitos diferentes para Nina e Thomas, o diretor. A partir deste momento ela passa lutar contra os cuidados excessivos (e porque não cruéis) de sua mãe, contra seu medo de fracassar e contra uma nova bailarina, que apresenta características mais marcantes do cisne negro. Embalado por Tchaikovsky e envolto de efeitos visuais, é um filme simplesmente fantástico!


Inverno da Alma – O filme trata basicamente do desaparecimento de um traficante numa cidade em que todos (pelo menos todos que aparecem, tirando a polícia) são envolvidos com crime. Fiquei com um nó na garganta durante todo o filme, porque quem sai em busca da solução desse mistério é sua filha, Ree. A garota de 17 anos o faz desesperadamente por tentar salvar sua casa, objeto de fiança da dívida do pai. Com a tomada da casa, o fim da família (dois irmãos menores e uma mãe doente) seria certo. Presente em todas as cenas e bastante focada, a protagonista revela ser muitas mulheres em uma: determinada, corajosa, doce, carinhosa e madura. Diferente dos filmes apresentados por Hollywood, Inverno da Alma é um filme escuro e triste, porém muito belo.


Minhas Mães e Meu Pai – Uma graça! O filme trata de uma família nada convencional (um casal de meio-irmãos adolescentes, filhos de um par homossexual, concebidos graças a uma inseminação artificial de um doador anônimo) encontrando os mesmos problemas e dramas de qualquer outro tipo de família. Tudo começa quando a filha mais velha entra em contato com o pai biológico a pedido do irmão, e o encontro de todas essas personagens desenrola intrigas e descobertas. Com um elenco de peso, Minhas mães e meu pai conquista pela abordagem de temas polêmicos como liberdade sexual e filhos de inseminação de forma leve e natural!


O Discurso do Rei – Um filme que agradou até a atual rainha da Inglaterra, Elizabethh II! A história conta como seu pai, George VI, foi obrigado a assumir o trono depois que seu irmão, Edward, abdicou o título para se casar com uma americana duas vezes divorciada. Porém, o novo rei se via atrapalhado no momento de fazer os discursos por culpa de uma gagueira, e encontra, na busca por uma cura, uma amizade verdadeira com o “terapeuta da fala” Lionel Logue. Em meio a tudo isso, precisa juntar forças para comandar o país na Segunda Guerra Mundial. Um filme que traz cada coisa em seu lugar, impecavelmente: figurino, cenário, trilha, e as atuações sempre brilhantes de Colin Fith e Helena Bonham Carter.


O Vencedor – Deixei pra ver pelo menos esse filme no cinema, e que bela escolha! O vencedor traz a história verídica do boxeador Micky Ward, que percorreu um difícil trajeto até chegar ao título mundial de peso leve, ao lado de seu meio-irmão Dicky, ex-lutador que se tornou treinador após se envolver com drogas e crimes. Depois de um longo tempo (10 anos) apanhando em lutas de boxe arranjadas por sua mãe, Micky toma por estratégia deixar o adversário bater muito e, quando finalmente estiver cansado, dar o golpe final. O filme mostra como essa estratégia usada nos ringues também foi adotada em sua vida, já que depois de muito tempo tolerando sua mãe, Dicky e mais sete irmãs, ele decide revidar e se torna um grande campeão. Chorei (o que não é exatamente uma novidade)!


Toy Story 3 – Sou suspeitíssima pra falar! Em primeiro lugar, porque amo a Disney. Mesmo. Tenho uma coleção de filmes que começou aos seis anos com O Rei Leão, e hoje são pouquíssimos os filmes que não tenho em casa. Os que não assisti então, quase nenhum. Toy Story é um caso a parte da minha paixão! A última parte da trilogia traz uma situação tão simples, banal e que acontece com todo mundo: o momento de decidir o que fazer com seus brinquedos. Mas todo mundo sabe que a relação de Andy com os seus brinquedos não tem nada de simples, muito menos banal. As decisões de ambas as partes, tanto dos brinquedos, quanto a dele, são difíceis de serem tomadas. Eu chorei em várias partes (pra não falar que chorei praticamente o filme inteiro!), por ver aqueles rostos amigos de novo, por ver o crescimento do Andy nos vídeos caseiros, por ver ali emoções tão fortes sentidas pelos brinquedos por coisas tão mínimas (Como quando o Rex fala: “ele segurou em mim”), pelos prováveis destinos que eles terão: sótão, lixo ou creche, e o fato de eles preferirem o sótão (Veja bem!). Abordando todo o imaginário infantil e atingindo a nós adultos (que já tivemos um dia tal imaginação), Toy Story 3 é uma belíssima obra da cada vez mais impressionante Pixar. Merecidíssima indicação!

Façam suas apostas! A minha? Toy Story 3!

2 comentários:

Ana disse...

não basta assistir o oscar inteiro,tem que ver os filmes hehehe... uma parte deles nem vai estreiar no Brasil...
Torcendo por Toy tb,infância muito marcada por este filme...
cisne negro é sem comentários...absolutely outstanding!
Enfim...um dos melhores posts!!!
amo!
bjo

Flora disse...

Ei Nati!
Gostei mto do seu blog! Parabéns!
Sobre os filmes indicados, ainda tnho q ver 4 ("Minhas mães e meu pai", "Inverno da alma", "127 horas" e "O discurso do rei"). Mas por enqto, meu palpite eh q o vencedor será "Cisne Negro"!
E aproveito p dar uma dica: assista o documentário "Lixo extraordinário"! Ele foi indicado p o oscar de melhor documentário e fala sobre um trabalho q um artista brasileiro se propõe a fazer c as pessoas q trabalham em um aterro sanitário do Rio! Vale super a pena!
Bjos!

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